terça-feira, 25 de junho de 2013

APROVEITAMENTO INTEGRAL DOS ALIMENTOS

“Desperdício de alimentos” tem sido tema constante na Televisão. Os números são impressionantes e me fez para pra pensar e agradecer pela comida de todo dia. Em um país onde ainda existem pessoas que passam fome todos os dias, saber que todos os brasileiros poderiam ser alimentados durante uma década se não fosse o desperdício de alimentos é um absurdo.
O desperdício já começa no momento da produção, onde uma parte do alimento que nasceu “defeituoso” é descartado pois não tem mais valor comercial. Uma laranja, por exemplo, rasgada, com a casca aberta não será comprada por mim, por você nem por consumidor nenhum no supermercado, não é mesmo?
Você já parou pra avaliar quanto de alimento é desperdiçado na sua própria casa? Vamos fazer a nossa parte?

  1. O primeiro passo para evitar o desperdício é se planejar para o momento das compras. Ter em mente mais ou menos o que vai ser cozinhado durante a semana pode ajudar na hora das compras. Fazer uma lista de compras também ajuda para que não se compre em excesso: compre o que vá utilizar para 2 ou 3 dias, no máximo. Produtos de hortifrúti se perdem rapidamente.
  2. Vá ao supermercado nos dias da semana que chegam os alimentos e vá cedo. Assim, poderá adquirir alimentos mais frescos e que não foram tão apertados por outros consumidores.
  3. Fique atento às promoções relâmpago e ao prazo de validade. Se o prazo de validade estiver vencendo, os mercados passam a vendê-los por preço menor, o que ilude o consumidor que acaba comprando em grande quantidade e que se perderá, uma vez que o prazo de validade está se esgotando.
  4. Higienize os alimentos e armazene-os adequadamente. Alimentos que devem ser guardados em geladeira devem estar embalados em saco plástico, isso evita que os alimentos ressequem devido a baixa temperatura. Alimentos em conserva que não foram totalmente utilizados devem ser transferidos para outro recipiente junto com o líquido, pois este contém conservantes que vão proteger o alimento por mais tempo. Carnes cozidas podem permanecer na geladeira por 3 dias. Biscoitos devem ser armazenados em recipientes fechados (dica: coloque um pedacinho de pão dentro do recipiente, ele irá absorver mais umidade do que os biscoitos, permitindo que fiquem sequinhos). Observe o modo de conservação na embalagem dos produtos assim como o prazo para consumo depois de aberto.
  5. Em casa, armazene os alimentos de forma que aqueles que vão vencer primeiro fiquem na frente daqueles que vencem mais tarde.
Algumas dicas na hora de escolher os alimentos:
  • quiabo: quebrar a ponta do quiabo é um erro comum. Dessa forma, ele se perde mais rapidamente. O ideal é que o quiabo esteja brilhante e com os pêlos presentes e firmes.
  • maçã, mamão e pêra: qualquer manchinha na fruta é sinal que ela vai se perder rapidamente.
  • banana: pode ter manchinhas pretas, vai amadurecer rapidamente mas não vai perder o sabor e a qualidade.
  • abacaxi: excepcionalmente, o abacaxi deve ser apertado para saber se está maduro ou não. A base deve estar mais mole e úmida e deve afundar um pouquinho ao apertá-la.
  • laranja: deve estar lisinha e brilhante. As laranjas com aparência mais enrugada possuem menos suco.
Abaixo algumas receitas para aproveitarmos melhor os alimentos que temos em casa! Espero que gostem, beijinhos ;*
RECEITAS
Aproveitando a sobra de pão francês: Falsa mini pizza.
Ingredientes:
- pão francês um pouco endurecido que seria jogado fora.
- tomate ou molho de tomate.
- queijo muzzarela.
- azeitonas verdes ou pretas.
- orégano.
- azeite.
Modo de preparo: cortar o pão em rodelas finas e distribuir em tabuleiro. Regar as rodelas de pão com um fio de azeite. Cobrir cada rodela de pão com o queijo, o tomate, o orégano e as azeitonas. Levar ao forno e servir.
Suco de couve com limão
Ingredientes:
5 limões
500g de couve
1 litro de água
açúcar a gosto

Modo de preparo:
Esprema os limões e coe. Bata no liquidificador junto com a couve e a água e coe novamente. Adoce a gosto

Nutrientes: Vitamina A, C e B1, Folato, Sódio, Potássio, Fósforo, Cálcio e Magnésio
Bolinho de arroz
Ingredientes:
2 xícaras (chá) de arroz cozido
1 colher (sopa) de cebola picada
1 dente de alho
2 colheres (sopa) de salsinha picada
2 ovos
1 xícara (chá) de farinha de trigo
sal a gosto

Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes e forme os bolinhos. Asse em forno médio por 30 minutos ou frite em óleo quente.

Nutrientes: Vitamina A, Folato, Iodo, Potássio, Sódio, Fósforo, Cálcio, Magnésio e Selênio

Falso feijão tropeiro
Ingredientes:
1 cebola picada
2 dentes de alho amassado
1/2 pimentão picado
3 colheres (sopa) de óleo
1 xícara (chá) de farinha de mandioca
2 ovos cozidos
sal a gosto
1 1/12 xícara (chá) de feijão cozido

Modo de preparo:
Refogue a cebola e o alho. Acrescente o feijão e a farinha de mandioca a té obter uma farofa solta. Para finalizar, decore com os ovos cozidos em pedaços

Nutrientes: Vitamina C, Folato, Potássio, Sódio, Fósforo e Cálcio
Dicas: Pode se acrescentar carne desfiada
Assista aqui o programa do Globo Repórter sobre desperdício de alimentos na íntegra.
Conheça  aqui o Projeto Mesa Brasil, que recolhe alimentos bons que seriam jogados fora e fazem doações para quem precisa.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Separar o lixo pode render descontos na conta de luz

Débora Spitzcovsky - Planeta Sustentável - 27/05/2013

Medidas adotadas pela presidente Dilma Rousseff deixaram a energia mais barata no Brasil, mas em São Paulo a redução na conta de luz dos consumidores pode ser ainda maior. A AES Eletropaulo - concessionário responsável pela distribuição de energia no Estado - lança, em maio, o programa Recicle Mais, Pague Menos*.

A iniciativa convida os cidadãos a separar os recicláveis de papel, plástico, vidro e metal e os levar para postos de coleta da empresa. Em troca, recebem descontos na conta de luz, que equivalem ao preço que os materiais valem no mercado de reciclagem.

Para participar, basta ir a um posto de coleta, com uma conta de luz em mãos, e se cadastrar. O cidadão ganha um cartão personalizado, em que será computado o valor de todo o material reciclável que ele levar ao local. A quantia é, então, descontada da próxima fatura.

Segundo a AES Eletropaulo, não há limite para o desconto. Se o preço dos recicláveis levados pelo cidadão aos postos de coleta superar o valor da sua conta de luz, ele fica com créditos para a fatura do mês seguinte.

Por enquanto, a concessionária instalou um ponto de coleta na comunidade de Vila Guacuri, na zona sul de São Paulo. Outros três postos devem ser criados até o final do ano, sendo um deles na comunidade de Heliópolis. Até 2014, a meta da AES Eletropaulo é ter 10 pontos de coleta espalhados por São Paulo.

*Recicle Mais, Pague Menos

terça-feira, 18 de junho de 2013


A postagem sobre a água  foi retirada deste site.
http://planetasustentavel.abril.com.br/planetinha/fique-ligado/2013-ano-cooperacao-agua-uso-desperdicio-poluicao-725947.shtml

O objetivo é divulgar as informações a respeito da Água e também para promover o que o curso está enfatizando com a palavra COOPERAÇÃO.
Leiam
 
A experiência de autoria é muito rica. E podemos torná-la ainda mais fascinante se integrarmos efetivamente a dimensão da produção cooperativa online! De certa forma, você já está atuando de forma cooperativa, certo? Seu blog ou de seu grupo, está sendo uma produção coletiva e está disponível para que outras pessoas possam usufruir. Assim, você está contribuindo com sua parte. Por outro lado, talvez existam pessoas de todas as partes do mundo também dispostas a contribuir com o seu projeto e com seu blog. Você sabia disso? Primo e Recuero (2006) defendem que, ao longo de sua história, a própria web foi se transformando de um propósito de publicações individuais para uma forma mais cooperativa:
“No que toca à produção, enquanto no primeiro período da webos sites (como as homepages) eram trabalhados como unidades isoladas, passa-se agora para uma estrutura integrada de funcionalidades e conteúdo. Enfim, a produção colaborativa transforma-se no principal valor, apostando-se que quanto mais interagentes participarem da construção coletiva, mais bens públicos podem ser compartilhados por todos os participantes.” (PRIMO; RECUERO, 2006, p. 84)
sabendo usar não vai faltar
2013 é o Ano da Cooperação pela ÁguaVocê sabia que cerca de 11% da população do planeta não tem acesso à água potável e 37% das pessoas vivem sem esgoto? Todos nós podemos fazer nossa parte para mudar essa realidade. Por isso, a ONU proclamou 2013 como o Ano Internacional da Cooperação pela Água
Débora Spitzcovsky Planeta Sustentável- 11/12/2012
menosaAmais

70% da Terra é constituída por água, mas apenas pouco mais de 2% do recurso está disponível na superfície do planeta para ser usado pelo homem. Você acha pouco? Pois não é! De acordo com aOrganização das Nações Unidas (ONU), a quantidade seria mais do que suficiente para que toda a população do planeta vivesse de formadigna, se não houvesse tanto desperdício epoluição do recurso no mundo. 

O grande problema é que o homem não sabe usar a água. Cada um de nós precisa de, mais ou menos, 50 litros por dia para, entre outras coisas, tomar banho, escovar os dentes, beber e dar descarga, garantindo, assim, nosso bem-estar e higiene. Mas a verdade é que utilizamos muito mais do que isso: um canadense, por exemplo, consome cerca de 600 litros de água por dia e um brasileiro, 187. 

A questão é lógica: se usamos mais água do que poderíamos, alguém, em algum lugar do mundo, vai ter menos do que precisa, certo? E é exatamente o que acontece: infelizmente, cerca de 11% da população do planeta - o que representa, mais ou menos, 783 milhões de pessoas - não tem acesso à água potável e 37% das pessoas moram em lugares onde não há esgoto. Já pensou em viver sem ter água para matar a sede ou tomar banho ou em não ter onde fazer suas necessidades? 

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Ninguém deveria ter que passar por isso e, para tentar mudar essa realidade, a ONU proclamou 2013 como oAno Internacional da Cooperação pela Água. A ideia é divulgar mundo afora os dados a respeito do uso, desperdício e poluição da água para sensibilizar o maior número possível de pessoas para a causa. 

Nessa missão, a Organização contará com a ajuda de uma figura muito especial: o Goccia, que foi eleito omascote da iniciativa. Que tal dar uma força para essa simpática gotinha e também espalhar por aí a importância de usarmos a água com sabedoria no nosso dia a dia? Ah, e não esqueça de fazer a sua parte e também economizar o recurso. Contamos com você!

O público ainda pode ajudar a escolher o slogan do Ano da Água. Quer saber como? Leia: Vote no slogan do Ano da Cooperação pela Água.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Pesquisa Wikipedia

Desperdício de alimentos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Desperdício de alimentos é o descarte ou inutilização de qualquer substância alimentar,
independentemente do fato de estar crua ou cozida. A definição da expressão varia entre diferentes
grupos políticos e entidades. Diversos fatores contribuem que o alimento seja descartado seja 
durante sua produção, beneficiamento ou na sua comercialização. Dados de 2011 apontam 
que 1,3 tonelada de comida, cerca de 1/3 da produção mundial, são perdidas ou descartadas 
anualmente.
 As perdas ocorrem em todas as etapas, em países com renda per capita menor, as maiores
 perdas ocorrem durante a produção. Já nos países com renda per capita maior, as perdas - cerca 
de 100 quilogramas por pessoa, por ano -ocorrem no estágio do consumo. 1

Referências  Cartaz da 1ª Guerra Mundial

terça-feira, 11 de junho de 2013

Pesquisa

DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS

O segredo de uma boa alimentação está ao nosso alcance. Para chegar lá é preciso só ter a vontade de chegar lá e mudar, para podermos garantir uma boa saúde e uma vida plena.                                                                                                                         (Gerbardinger)

A questão da fome no mundo e no Brasil é apontada pelos estudiosos com tendo causas várias. Cada um defende uma tese. Muito se discute e pouco se faz.
Enquanto eles se engalfinham em discussões intermináveis, milhões de crianças crescem desnutridas ou subnutridas, com sérias conseqüências para seu desenvolvimento físico, mental e intelectual, enquanto outro tanto — adultos e crianças — morrem de fome.
Enquanto isso, milhares de toneladas de alimentos são jogadas no lixo.
Calcula-se que o consumo anual de alimentos no mundo é de 375 milhões de toneladas e a maior parte dele provém das plantas. Se se considerar que 10% deste alimento são vegetais consumidos in natura e que outros 10% destes vegetais são de folhas e talos aproveitáveis na alimentação e são jogados fora, tem-se um desperdício de quase 4 milhões de toneladas de alimentos.
A quantia acima aventada pode ser superior ou inferior aos 10% que hipoteticamente se considerou, mas mesmo assim é um desperdício muito grande de alimentos.
O desperdício se dá em todas as fases da produção de alimentos, desde o seu plantio e colheita, até o consumidor final. Calcula-se que hoje, no Brasil, 20% de toda a sua produção agrícola se perde durante a colheita e que outro tanto durante o transporte ou devido a embalagens inadequadas. Esta perda só não se compara aos países do primeiro mundo, onde ela é menor, mas há países que perdem até 70% de sua produção devido a causas diversas.
Tudo isso determina a incineração de milhares de toneladas de alimentos devido à sua má conservação, deterioração ou contaminação por agrotóxicos.
Só para se ter uma idéia, no CEAGESP do Rio de Janeiro há um desperdício diário de 40 toneladas de alimentos.
Outro fato que se deve destacar em relação ao Brasil é o de que existe uma lei que não permite que restaurantes distribuam as sobras de alimentos. Não aqueles que sobraram nos pratos, mas os não-consumidos. Se isso fosse permitido, algumas toneladas de alimentos de boa qualidade e já preparados poderiam ser distribuídas entre as camadas mais pobres da sociedade.
Muitos economistas e governantes justificam a fome pela densidade demográfica. Dizem  que há muita população para pouco alimento. Se assim fosse, a África, com uma densidade demográfica de 18 h/km 2 não sofreria com a fome; enquanto a Europa Ocidental, com 98h./km 2 , estaria com um sério problema de alimentação. O fato é que se dá exatamente o contrário, o que determina a invalidade desta tese.
Outros alegam que há fome na África porque somente 30% de suas terras são produtivas.Essa tese também é invalidada se ela for comparada a Mônaco, um mini-estado onde não se passa fome. O fato é que na primeira não há poder de compra, enquanto na segunda esse poder é bastante grande.
Há aqueles que dizem haver muita população para pouco alimento. No entanto, se se considerar que um adulto não desportista necessita de 2500 calorias diárias e se imaginar que uma criança consuma tanto quanto um adulto, observar-se-á que a produção atual de alimentos é suficiente para uma população projetada para o ano 2015.
Portanto o problema da fome não é devido a nenhum dos fatos acima relacionados, mas político-econômico.
As estimativas mundiais atuais indicam que:

1.Cerca de 24.000 pessoas morrem diariamente devido à fome, ou a causas relacionadas com a ela. Este número diminuiu de 35.000, há dez anos, e de 41.000, há vinte anos.
2. Atualmente, 10% das crianças dos países em desenvolvimento morrem antes dos cinco anos. Há cinqüenta anos, esta percentagem era de 28%.
3. A escassez de alimentos e as guerras são responsáveis por apenas 10% das mortes devido à fome embora sejam estas, normalmente, as causas apontadas mais freqüentemente. A maior parte das mortes por fome é provocada pela desnutrição crônica. As famílias simplesmente não conseguem obter comida suficiente
4. Além da morte, a desnutrição crônica também provoca a diminuição da visão, a apatia, a atrofia do crescimento e aumenta consideravelmente a susceptibilidade às doenças. As pessoas que sofrem de desnutrição grave ficam incapacitadas de funções até mesmo a um nível mais básico.
5 Segundo as estimativas, cerca de 800 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de fome e subnutrição, cerca de 100 vezes mais do que as que morrem anualmente em conseqüência dela.
6. Muitas vezes, são necessários apenas alguns recursos simples para que os povos empobrecidos tenham capacidade de produzir alimentos bastantes para se tomarem auto-suficientes. Estes recursos incluem sementes de boa qualidade, ferramentas adequadas e o acesso à água. Pequenas melhorias nas técnicas de cultivo e nos métodos de armazenamento de alimentos também são úteis.
7. Muitos peritos nas questões da fome acreditam que,fundamentalmente melhor maneira de reduzir a fome é através da educação. As pessoas instruídas têm uma maior capacidade para sair deste ciclo de pobreza que provoca a fome.( * )

Alguns desses problemas com a fome podem ser resolvidos com pequenas modificações tais como: acesso à água, novos tipos de semente, orientação para o cultivo, solos, etc.
Mas o que fundamentalmente tem maiores chances de reduzir a fome é a educação de qualidade voltada para a formação de um cidadão consciente e preparado para a vida, capaz de resolver os problemas que se lhe opuserem.

O caso brasileiro

O Brasil é um país de contrastes: é o 4º produtor mundial de alimentos, mas ocupa o 6º no mundo em subnutrição, perdendo apenas para a Índia, Bangladesh, Paquistão, Filipinas e  Indonésia; é o 8] país nos indicadores econômicos e o 52º nos sociais, o que demonstra o desequilíbrio que existe entre o seu potencial econômico e a qualidade de vida da população.
Nos dias de hoje, 30% da população é mal nutrida, 9% das crianças morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total dos trabalhadores rurais são sem-terra.
Existe ainda o problema crescente de concentração da produção agrícola, ou seja, um pequeno grupo de agricultores latifundiários, ou agroindústrias, produzem a maior parte dos alimentos, sendo ela voltada unicamente para a exportação. Isso determina que o pequeno produtor, tradicionalmente voltado para produtos de consumo interno, seja expulso de suas terras, aumentando as migrações, os conflitos de terra e o aumento da fome, uma vez que o pequeno agricultor expropriado perde em muito seu poder de compra.
Com toda essa problemática, todos sofrem conseqüências sérias, principalmente as crianças e jovens. Nas escolas públicas de ensino fundamental são notórias as conseqüências geradas pela subnutrição e desnutrição. Esses alunos são apáticos, têm grandes dificuldades de aprendizagem, são lentas e muitas vão para a escola para ter direito à merenda escolar, talvez sua única alimentação diária. Se bem que ela não consegue nutrir todas as suas necessidades, ao menos as minimiza.
Apesar das diversas explicações e teorias que pretendem explicar esse problema, as verdadeiras causas da fome, ou melhor, o conjunto de causas, não surgem nelas ou delas são escamoteadas. E ainda há pessoas que acreditam nelas.
Considerando-se apenas os aspectos políticos, sociais, econômicos e culturais, a verdadeira explicação para a fome está em vários fatores:
• a grande diferença de renda e seu contraste: poucos ganham muito e muitos, pouco;
• o sub-aproveitamento do espaço rural por atividades agropastoris, enquanto milhões de pessoas não possuem terra para cultivar;
• a utilização da terra para uma agricultura comercial de exportação, em detrimento da agricultura voltada para o mercado interno;
• a injusta e antidemocrática estrutura fundiária, marcada na concentração de grandes latifúndios nas mãos de poucos;
• o difícil acesso aos meios de produção pelos pequenos produtores rurais e população em geral;
• a invasão do campo pelo capitalismo selvagem;
• a influência das transnacionais de alimentos na produção agrícola e nos hábitos alimentares da população;
• a utilização do agropoder ou da "diplomacia de alimentos" como arma nas relações entre os países;
• a canalização de grandes recursos financeiros para a produção de material bélico e que poderiam ser mais bem utilizados na produção de alimentos;
• o grande consumo de cereais (60,6%) na alimentação animal dos países desenvolvidos, em contraposição à falta de alimentos nos países subdesenvolvidos;
• a relação entre as dívidas externas do terceiro mundo e a deterioração cada vez mais elevada de seu nível alimentar;
• a relação entre a cultura e a alimentação;
• a falta de uma política agrária que leve o homem do campo a lá permanecer e produzir;
• a falta de informação à população de como usar os alimentos por completo, usando-os na alimentação diária, em sucos, chás e adubação orgânica.
Alterar essas situações significa mudar, alterar a vida da sociedade, o que irá certamente contrariar interesses das elites e seus privilégios. É mais cômodo para eles responsabilizar o crescimento populacional, a "preguiça" do homem do campo pela fome existente no país.
Mas a situação tem e deve ser mudada. Não adianta esperar por iniciativas do governo que elas dificilmente virão. É a sociedade em geral e principalmente aqueles grupos sociais mais carentes que devem buscar a solução para seu problema nutricional. Esse trabalho é individual e grupal a um só tempo: individual na iniciativa e utilização de alimentação alternativa, e social na divisão do saber sobre este tipo de alimentação e na sua pregação.
E essa mudança deve ser iniciada na escola pública, cuja clientela é a que mais sofre com os problemas de subnutrição e desnutrição.Com orientações simples e corretas pode-se conseguir uma mudança de hábito e ensinar ao aluno como melhor utilizar aqueles alimentos, principalmente os vegetais, a que tem mais fácil acesso, a evitar o desperdício dentro de casa e a reciclar os alimentos.


( * )Fontes, por item: 1. O Projeto da Fome, Nações Unidas; 2. CARE; 3. Instituto para a Política da Fome e Desenvolvimento; 4. Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM); 5. Organização Alimentar e Agrícola das Nações Unidas (FAO); 6. Oxfam; 7. Fundo Internacional da Auxílio à Criança das Nações Unidas (UNICEF).


Daniela Gomes

Poema/ Mario Quintana

                      POEMA SOBRE O DESPERDÍCIO DA ÁGUA


Um poema como um gole d'água bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata perdida para sempre na
[floresta noturna.
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa condição
[de poema.
Triste.
Solitário.
Único.
Ferido de mortal beleza.
Mario Quintana
http://pensador.uol.com.br/poemas_sobre_o_desperdicio_da_agua/
Daniela Gomes-----------------;) 
Grande Mário Quintana !
Estou pasma em constatar o volume de desperdício que realizamos no dia-a-dia !
Misericórdia, Senhor Deus !
Daniela Gomes

Cuidado !!!Você está comprando demais!!! / Daniela Gomes


Aula sobre Desperdício do Portal do Professor / Daniela Gomes

DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS E RESPONSABILIDADE SOCIAL

03/02/2011

Autor e Coautor(es)

LILIANE DOS GUIMARAES ALVIM NUNESimagem do usuário
UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

LUCIANNA RIBEIRO DE LIMA; GLÁUCIA COSTA ABDALA DINIZ; FÁTIMA REZENDE NAVES DIAS

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de EnsinoComponente CurricularTema
Ensino Fundamental InicialÉticaJustiça
Ensino Fundamental InicialÉticaSolidariedade
Ensino Fundamental InicialÉticaDiálogo
Ensino Fundamental InicialÉticaRespeito mútuo

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
1) Considerar o desperdício de alimentos como uma responsabilidade social que deve ser assumida pela população.
2) Entender o compromisso de todos, inclusive das crianças na luta contra o desperdício de alimentos.
3) Perceber ações inadequadas da população no que se refere ao consumo e ao desperdício de alimentos.
4) Identificar na escola ações inadequadas no que se refere ao consumo e ao desperdício de alimentos.
5) Sensibilizar-se frente à quantidade de pessoas que morrem ou apresentam condições de saúde muito precárias por falta de alimentos.  
Duração das atividades
Três ou mais aulas de uma hora
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Não são necessários conhecimentos prévios
Estratégias e recursos da aula

COMENTÁRIOS INICIAIS AO/A PROFESSOR/A:

Professor/a, sabemos que são altos os índices de desperdício de alimentos no Brasil, o que se configura como uma contradição, uma vez que também identificamos em nosso país um número elevado de pessoas que não têm o que comer. Nesse sentido, faz-se necessário conscientizar os/as alunos/as sobre a importância do reaproveitamento dos alimentos, bem como de ações que evitem o desperdício e promovam a melhor distribuição dos mesmos na população. Essa aula tem o propósito de sensibilizar os/as alunos/as para a seriedade do tema e para o exercício da cidadania.

Atividade 1:

1º Momento: Convidar os/as alunos/as para assistirem ao vídeo: "Ilha das Flores", disponível em:
2º momento: Explorar o vídeo com os/as alunos/as a partir das seguintes questões: Quais os sentimentos despertados ao assistir ao vídeo? Você acha que esse vídeo é real? Você acredita que esse lugar "Ilha das Flores"existe mesmo? Você sabia que muitas pessoas passam fome? Você sabia que muitas pessoas se alimentam de sobras de comida do lixo?
3º Momento: Os/as alunos/as deverão observar no horário do lanche ou recreio como são consumidos os alimentos e se há desperdício de alimentos pelos/as alunos/as, professores/as e demais pessoas que estiverem presentes nesse momento.
4º Momento: Professor/a sugere-se que você agende com antecedência um horário com as merendeiras da escola (caso tenha) para que os/as alunos/as acompanhem a preparação dos alimentos por elas no momento anterior ao horário do lanche e após o mesmo ter sido servido. Solicite que observem a quantidade de alimentos desperdiçados e a destinação dos mesmos.
5º Momento: Os/as alunos/as deverão observar o procedimento sem emitir opinião, atentando-se para todo o processo para posterior discussão na sala. De volta à sala, promover a discussão, a reflexão e o registro do que observaram no que diz respeito, principalmente, ao desperdício e reaproveitamento dos alimentos.

Atividade 2:

1º Momento: Convidar os/as alunos/as para assistirem ao vídeo: Desperdício de alimentos, disponível em:
2º Momento: Após a exibição do vídeo, dividir o grupo em duplas para que leiam a reportagem "Comida jogada fora", disponível em:
3º Momento: Solicitar aos/as alunos/as que em duplas façam um resumo em tópicos sobre as informações divulgadas no vídeo e no texto.
4º Momento: Após a socialização dos pontos elencados, cada dupla deverá propor ações de reaproveitamento de alimentos pela sociedade de uma maneira geral. Essas propostas deverão ser registradas em cartazes  e ilustradas com gravuras para posterior divulgação na escola. Antes da divulgação, agende um horário com o/a diretor/a da escola para que vá até a sala e ouça os resultados tanto das observações feitas pelos alunos, quanto sobre as informações obtidas e propostas elaboradas em relação ao combate ao desperdício de alimentos.   

Atividade 3:

Propor aos/as alunos/as a realização de um Projeto: “Reaproveitando os alimentos”   
1) Objetivos do  projeto:
a) Identificar situações de desperdício de alimentos no cotidiano da escola.
b) Promover a conscientização e aprendizagem das crianças sobre o valor nutritivo contido nas sobras dos alimentos.
b) Oferecer às crianças múltiplas oportunidades de reaproveitamento dos alimentos.
c) Prevenir o desperdício de alimentos tanto no meio escolar, como na comunidade.
2) Participantes: Professores, alunos e familiares
3) Local:  O projeto será realizado na própria escola (sala de aula e refeitório).          
4) Procedimento:
4.1) Propõe-se que a primeira etapa do projeto seja a investigação junto a professores/as da escola sobre o desperdício de alimentos. Para isso, sugere-se a aplicação de um questionário com as seguintes perguntas:
Dados pessoais:
SEXO: (   )M      (   )F
IDADE: ___________
a) Você considera que há desperdício de alimentos em sua casa?
(   ) SIM
(   ) NÃO
b) No que se refere a utilização de frutas e verduras em sua residência, você os aproveita integralmente ou descarta cascas, folhas, ramos, sementes, dentre outros?
(  ) UTILIZA INTEGRALMENTE FRUTAS E VERDURAS
(  ) DESCARTA CASCAS, SEMENTES, SUCO, DENTRE OUTROS
c) Para você, é importante evitar o desperdício de alimentos?
(   ) SIM
(   ) NÃO
d) Por quê? __________________________________________________________________________________________________________________________________
4.2) Categorizar as respostas obtidas por meio dos questionários.
4.3) Sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância de se evitar o desperdício de alimentos e de adotar ações de reaproveitamento dos mesmos. Pode-se utilizar os dados obtidos no questionário, bem como a observação feita no horário do lanche e no refeitório, tomando o cuidado de não expor e julgar as pessoas, optando pela sensibilização de todos para a responsabilidade social envolvida nessa ação. Sugere-se convidar um/a nutricionista para dar uma palestra ou oficina sobre formas de se reaproveitar os alimentos e o valor nutritivo dos mesmos. Os/as alunos/as poderão pesquisar na internet e em outros materiais informativos, receitas de pratos que são feitos com sobras de alimentos. Caso não seja possível a participação da nutricionista, pode-se exibir os vídeos a seguir que apresentam dicas sobre o assunto:
Saiba como reaproveitar os alimentos com receitas simples e saborosas , disponível em:
Bolo de banana Coluna Prato Feito, disponível em:
Suco de casca de abacaxi e de talo de agrião, disponível em:
4.4) Para dar continuidade à sensibilização da comunidade escolar, propor uma atividade para ser realizada no horário do recreio com participação de alunos/as e professores/as interessados, sob orientação do/a nutricionista convidado/a. No mesmo caso, se não for possível a participação do/a nutricionista, sugere-se que se convidem familiares, professores ou as merendeiras da escola que tenham experiência em reaproveitamento de alimentos para conduzir a próxima atividade. A atividade será: "Reaproveitando e saboreando alimentos" . Para essa atividade serão necessários alimentos diversos como: cascas de ovos, frutas e verduras, folhas da beterraba, ramos de cenoura, etc.;utensílios de cozinha e eletrodomésticos como: panelas, liquidificadores, talheres, etc.   
4.5) Sob a orientação do/a nutricionista, os/as participantes serão convidados a produzir pratos diferentes a partir de sobras de alimentos. Caso seja possível a degustação no mesmo dia, sugere-se que se abra a oportunidade aos participantes de usufruirem disso. Não sendo viável, é importante que se agende outro horário para concluir a atividade.